Investigação

INEGI inova na conservação de alimentos

O INEGI está a estudar a utilização de CO2 como ‘motor’ de equipamentos para extrair e refinar aditivos alimentares, e conservar alimentos a baixas temperaturas. Os protótipos destes equipamentos já estão operacionais, em fase de validação, abrindo caminho à futura produção industrial.

Um destes equipamentos é a base de uma alternativa refrigerativa ao gelo tradicional na indústria alimentar, promovendo a captura carbónica e impactando positivamente o ambiente. Trata-se de um sistema laboratorial com equipamentos inovadores para a produção de hidratos de CO2 e caraterização das capacidades refrigerativas dos mesmos. Esta solução promete otimizar a conservação de produtos frescos, ao mesmo tempo que dá uma nova utilidade aos hidratos de dióxido de carbono.

“Espera-se que esta forma de conservação seja vantajosa relativamente às atualmente utilizadas. O CO2 tem um custo baixo, é não-combustível e não explosivo. Em termos da eficácia da conservação e da capacidade refrigerativa, antecipamos um resultado superior ao do uso de gelo tradicional, contribuindo para um impacto positivo no ambiente”, afirma Luís Esteves, responsável pelo projeto no INEGI.

A equipa do instituto está, por isso, responsável pelo projeto de desenvolvimento mecânico-estrutural e fluidodinâmico dos equipamentos, abrindo caminho a alternativas aos métodos tradicionais, em geral pouco eficientes.

A par disto, a equipa está também a contribuir para o desenvolvimento de dois novos equipamentos para a extração e refinação, respetivamente, de ingredientes a partir de matérias-primas naturais.

Exemplo disso são os bio resíduos dos cogumelos Agaricus bisporus L, ricos em ergosterol e ergocalciferol (vitamina D2), que poderão ser incorporados em farinhas alimentares, panificação, pastelaria e laticínios. Também aromas naturais de orégãos, tomilho e alecrim serão mais facilmente extraídos através destas tecnologias, e posteriormente incorporados em produtos de panificação ou pastelaria.

Como explica Luís Esteves, “permitirá a obtenção de novos produtos de valor acrescentado, e aromas naturais que darão origem a novos sabores. Além disso, a nova forma de refinação será mais vantajosa relativamente às atualmente utilizadas, tanto em termos de rendimento de extração, como em termos de custos energéticos”.

Estes desenvolvimentos inserem-se no âmbito do projeto ValorNatural – Valorização de recursos naturais através da extração de ingredientes de elevado valor acrescentado para aplicações na indústria alimentar. O projeto junta 14 parceiros, para criar ingredientes naturais de elevado valor acrescentado para aplicações na indústria, da classe dos corantes, aromas e bioativos.

 

(Fonte: INEGI | nov. 2022)

Nova tecnologia para tratar efluentes da produção de azeite

A necessidade de tratar eficientemente os efluentes e as águas residuais das unidades de produção de azeite levou a empresa Tojaltec, de Tondela, e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) a desenvolverem a tecnologia AmbiVap. A tecnologia AmbiVap usa o processo de evaporação, mas otimiza-o, criando um sistema de aproveitamento de energia solar que o acelera.

Esta tecnologia venceu, em 2018, um prémio no concurso 4INOVA e depois recebeu um financiamento do COMPETE 2020 – um investimento elegível de 311 mil euros, que resultou num incentivo FEDER de cerca de 215 mil euros –, que permitiu fazer a linha de evaporação de cinco coletores em série, tratando eficientemente os efluentes e as águas residuais das unidades de produção de azeite.

Mais detalhes AQUI

(Fonte: Compete 2020 | out. 2022)

PEPSICO LABS escolhe fábrica no Carregado para testar tecnologia inovadora em higiene

A PepsiCo anunciou hoje a sua parceria com diversas start-ups digitais para otimizar e desenvolver soluções sustentáveis na sua cadeia de valor, através do PepsiCo Labs. A fábrica da PepsiCo em Portugal, no Carregado, foi a unidade escolhida para integrar uma solução inovadora da empresa Ozo Innovations e, assim, testar um inovador sistema de limpeza e higiene mais sustentável, inteligente e seguro. Através desta parceria, a fábrica do Carregado irá usar a tecnologia eletroquímica desta start-up de origem britânica. A tecnologia da Ozo converte água fria e sal, através de eletrólise, numa solução química destinada à limpeza e desinfeção. Se for bem-sucedida, a tecnologia revolucionará os processos de limpeza, reduzindo a utilização de produtos químicos, água e energia.

Uma vez analisados os resultados destes primeiros ensaios, a PepsiCo pretende escalar as tecnologias de sucesso em toda a sua cadeia de valor durante 2023 e em diante, colocando a marca na vanguarda como impulsionadora de tecnologias que se focam em resolver problemas complexos e do mundo real. 

(Fonte: www.pepsico.pt | Agosto 2022)

 

Novo Centro de Negócios e Incubação nasce em Lisboa

Com apoio do Portugal 2020, foi inaugurado no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), o projeto FoodLab, um novo Centro de Negócios e Incubação pioneiro dirigido a projetos inovadores nos clusters agroalimentar, transportes e logística.

O FoodLab, é um complexo de incubação agroalimentar único no país criado pela Câmara Municipal de Loures contou com a comparticipação financeira do Programa Operacional Lisboa 2020.

Este centro, conta já com mais de 50 parceiros e integra ainda uma KITCHENLAB com duas linhas de produção, um espaço de formação e outro de showcooking, além de uma loja, para dar uma resposta operacional às startups do setor que pretendam divulgar o seu trabalho e produtos junto de fornecedores e clientes.

 

O complexo, que integra o Loures Innovation Hub, o pilar ligado à inovação do Loures Business Hub, pretende afirmar-se como uma plataforma de lançamento para novos negócios no setor agroalimentar, a nível nacional.

O FoodLab, que implicou um investimento de mais de 400 mil euros, dispõe de uma área de produção industrial completamente equipada, com duas linhas de produção alimentar: convencional e sem glúten. Esta unidade está também habilitada para certificar e garantir a qualidade alimentar do que aqui for produzido. Além disso, oferece às startups um KitchenLab, que pode ser utilizado como showcooking, zona de provas ou de testes de conceito, e uma loja – o FoodMarket – que pretende ser uma montra para os produtos produzidos na incubadora.

Mais informações AQUI

(Fonte: C. M. Loures | jul. 2022)

Tecnologias de Precisão no Setor do Fumeiro

“Tecnologias de Precisão no Setor do Fumeiro” foi o tema do webinário realizado dia 31 de maio de 2022. Este seminário online contou com a presença de oradores e empresas da especialidade que divulgaram as tecnologias de precisão promotoras de uma maior eficiência na utilização dos recursos e que possibilitam acrescidos fatores de competitividade e rentabilidade do setor. Foram também apresentados os Dossiers de Inovação dos Modelos Técnico-Económico da Produção do Fumeiro. Foram apresentados produtos e serviços de apoio a esta fileira, nomeadamente, softwares de gestão, equipamentos de espectroscopia ou sistemas de inspeção de produtos por raio-x, entre outros.

Este evento enquadra-se no projeto Des Agro 4.0, cofinanciado através do FEDER e promovido pela DOLMEN, RUDE, UTAD e IPCB, tem como principal propósito dotar as PME do setor agroalimentar e agroindustrial dos territórios do Douro Verde e da Cova da Beira com competências e conhecimento que as tornem aptas a adotar e incorporar na sua atividade modelos de negócio inteligentes, ou seja, baseados e sustentados na designada Internet of Things (IoT) ou, de uma forma mais geral, na Indústria 4.0, nomeadamente as que representem um apoio à tomada de decisão.

Mais informações AQUI

(Jun. 2022)

Tetra Pak testa solução de fibra para substituir camada de alumínio

A camada de alumínio, atualmente utilizada nas embalagens de cartão para alimentos, constitui uma barreira que desempenha um papel fundamental na garantia da segurança alimentar. Contudo, apesar de ser mais fina do que um cabelo humano, contribui para um terço das emissões de gases com efeito de estufa ligadas aos materiais de base utilizados pela Tetra Pak.

Esta empresa está empenhada em testar uma nova barreira baseada em fibras, em estreita colaboração com alguns dos seus clientes.

Um primeiro lote piloto de embalagens individuais, com esta inovação, que representa o primeiro material deste tipo na indústria, está atualmente a ser comercializado para ser testado junto dos consumidores, com validação da tecnologia durante o ano de 2022.

Esta iniciativa salienta a abordagem da Tetra Pak no design para a reciclagem, onde o aumento da percentagem em papel continua a ser uma prioridade para a empresa, com o intuito de corresponder às expetativas dos consumidores finais. Aliás, segundo uma pesquisa global recente, cerca de 40% dos consumidores defendem que se as embalagens fossem feitas inteiramente de cartão e não tivessem plástico ou alumínio, sentir-se-iam mais motivados a reciclá-las.

(Fonte: Tetra Pak website | Maio 2022)

Politécnico de Leiria inova em produtos alimentares

Salsicha de pescado e algas, afiambrado de pescado e hambúrguer vegan, são produtos desenvolvidos na unidade de investigação do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, em Peniche, no âmbito do ProReMar – Produtos Alimentares com base em Recursos Marinhos, um projeto que visa a valorização sustentada de recursos alimentares marinhos provenientes da costa de Peniche.

Segundo a equipa de investigação, os três produtos desenvolvidos são nutricionalmente equilibrados e direcionados para o público em geral, incluindo pessoas com preferências alimentares especiais, como os vegans. A intenção foi desenvolver produtos que, por um lado, já pudessem ser familiares aos consumidores e que, por outro lado, fossem totalmente diferentes. A salsicha é sobretudo associada a carne e, por isso, quisemos diferenciar.

Nutricionalmente a salsicha de pescado e algas desenvolvida acaba por ser muito mais rica que as de carne presentes no mercado. Na altura de submissão do projeto o afiambrado à base de pescado era um produto totalmente novo correspondendo ao anseio dos consumidores por alternativas alimentares.

O projeto está agora na fase de estudo do tempo de vida útil dos produtos e de teste de paladar pelos consumidores. Trata-se de produtos com grande potencial, não só em termos de sabor e inovação mas, também, nutricionalmente e que podem tirar partido da grande abundância de matéria-prima

O projeto foi iniciado em setembro de 2020 e tem término previsto para agosto de 2022, sendo o objetivo colocar os três produtos no mercado, através da celebração de uma parceria com uma empresa interessada em produzir e comercializar os produtos.

(Fonte: Politécnico de Leiria | Abr.2022)

Preços na produção industrial aumentaram 18,7% em novembro de 2021

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, o Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI) registou um aumento homólogo de 18,7% em novembro de 2021 (16,2% no mês anterior). A evolução deste indicador reflete a intensidade do aumento dos preços das matérias-primas e da energia. Este último fator de produção teve um peso substancial nesta subida visto que contribuiu com 8,8 pontos percentuais para o aumento total.

A variação mensal do índice agregado foi de 1,6% (-0,5% em igual mês de 2020).

O aumento dos preços das matérias-primas está relacionado com a escassez da oferta, os constrangimentos logísticos na cadeia de abastecimento e o aumento da procura. O fenómeno da inflação que voltou a surgir nas economias industrializadas é outro fator com impacto significativo.

Alguns analistas preveem que esta tendência se mantenha, pelo menos, durante o primeiro semestre de 2022.

(Fonte: INE | Jan. 2022)

Compreender a cibersegurança num novo panorama social

A consultora PWC publicou os resultados do Cyber Survey Portugal 2021. De acordo com os dados divulgados, 27% das organizações inquiridas experienciaram entre um e cinco incidentes de segurança informática nos últimos 12 meses que antecederam ao inquérito.

Também, 27% das empresas inquiridas revelaram ter sofrido perdas monetárias em consequência de ataques informáticos. Mas as perdas que preocupam as empresas não são exclusivamente de caráter financeiro. Danos reputacionais e a indisponibilidade de sistemas críticos, por um período prolongado, preocupam 15% das organizações.

Contudo, só duas em cada dez organizações em Portugal fazem testes e simulações de segurança regulares e cerca de um terço não tem equipa ou área interna de cibersegurança.    

(Fonte: PWC | Jan. 2022)

O relatório completo pode ser obtido AQUI

Novo Verde vai premiar a inovação no setor das embalagens com 25 mil euros

A Novo Verde – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, responsável pela recolha, valorização e/ou reciclagem de embalagens e resíduos de embalagens – lança uma nova edição do Novo Verde Packaging Enterprise Award. Trata-se de um prémio de investigação e desenvolvimento destinado à indústria, distribuição e academia atuando nas áreas tecnológicas relacionadas com o setor das embalagens em Portugal.

O prémio para o projeto vencedor tem o valor de 25 mil euros.

O Novo Verde Packaging Enterprise Award integra a área de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da Novo Verde e visa a dinamização da I&D no setor das embalagens e dos respetivos materiais nelas utilizados, bem como a promoção da competitividade das empresas e da Economia Circular no setor das embalagens, a possibilidade de implementação de projetos concretos, inovadores e com valor acrescentado para a fileira das embalagens, e, ainda, o incremento do fluxo de conhecimento na área das embalagens.

As candidaturas para a nova edição do prémio Novo Verde Packaging Enterprise Award terminam no dia 31 de março de 2022.

(Fonte: Novo Verde | Jan. 2022)

O regulamento do concurso está disponível AQUI

Roadmap Tecnológico para o setor agroalimentar

A PortugalFoods publicou, no segundo trimestre do corrente ano, o Roadmap Tecnológico para o setor agroalimentar português. Trata-se de um documento estratégico que pretende apoiar a tomada de decisão de médio e longo prazo das empresas e do mercado agroalimentar.

Este relatório prospetivo está construído com base em quatro camadas – Mercado, Produto, Tecnologia/Processo e Atividades de I&D e sugere um conjunto de cinco percursos tecnológicos que relacionam, de forma acessível, as interdependências e ligações entre estas camadas, desde a fase de I&D até à chegada do produto ao mercado.

Trata-se de um documento de referência bastante interessante para a Fileira dos Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar, pois aponta necessidades e tendências futuras desta indústria. Para as empresas da Fileira (que são fornecedoras das indústrias alimentares) são particularmente relevantes os capítulos Produto e Tecnologia/Processo.

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(2021 | Fonte: Website PortugalFoods)

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